Escrito por P. Serafim Reis em . Publicado em Lectio Divina.
INTERPELADO(R)
LECTIO DIVINA - Um Roteiro
0. Preparo-me Procuro um lugar adequado e uma boa posição corporal. Respiro lenta e suavemente. Silencio os pensamentos. Tomo consciência da presença de Deus, invocando o Espírito Santo.
1. O que diz o texto - Leio pausadamente Mt 3,1-12. - Sublinho e anoto o mais significativo. João Batista apela à conversão, a preparar os caminhos do Senhor. É hora do arrependimento, pois o Reino dos Céus está perto. Alguém está para chegar e deve ser acolhido.
Muitas vezes, vemos o celibato sacerdotal como uma mera “obrigação” a ter em conta quando o candidato escolhe o caminho sacerdotal e, portanto, somos levados a ver o celibato como algo que “vem na rifa” quando se é ordenado. Contudo, viver o celibato é muito mais do que não ter relações ou constituir família.
(Clicar para ampliar)No dia 1 de dezembro de 2022, a comunidade do Seminário Interdiocesano de São José ocupou a noite com uma tertúlia cultural sobre o Brasil, de onde são provenientes dois nos nossos seminaristas: o Filipe Jácome, da etapa do Discipulado (no 1º ano), integra a comunidade formativa pela Diocese de Lamego e é originário de João Pessoa-Paraiba; o Ricarbo Bernardes, da etapa da Configuração I (no 4º ano), integra a comunidade formativa pela Diocese da Guarda e é originário de Elói Mendes-MInas Gerais.
Ambos prepararam e proporcionaram-nos uma viagem culutral que começou com o jantar à moda do Brasil e culminou numa apresentação do seu país, com a ajuda de uma apresentação power point e subsídios audiovisuais, sublinhando aspetos da organização da sociedade, da cultura musical e arquitetónica, assim como da organização da Igreja no Brasil, com os seus monumentos religiosos e práticas de fé.
No final, a tertúlia terminou com a prova de alguns produtos típicos do Brasil: a famosa caipirinha, salgados e doces.
Foi uma experiência que nos ajudou quer a integrar melhor estes nossos seminaristas brasileiros, quer a alargar ainda mais os nossos horizontes culturais e da vivência da fé.
ANDREA MANDELLI, a 29 de novembro de 1990, morria vítima de um cancro ósseo. Diagnosticado dois anos antes, viveu todo o processo doloroso da doença com serenidade. Nascido em 1971, no norte de Itália, é o quarto de sete irmãos. É um rapaz calmo, positivo, sempre disponível. Em Milão, onde estuda, associa-se ao movimento Comunhão e Libertação. Sua fé em Jesus Cristo é fonte da sua alegria, força e esperança, tornando-o um jovem apaixonado por tudo quanto o rodeia. Daí nasce a sua maior aspiração: ser santo, desejo expresso precisamente durante a sua enfermidade. Tem muitos amigos. Uma jovem dirá dele: “Era bom estar com ele, era sempre uma alegria porque para ele tudo era um presente e nunca uma obrigação.”
SEAN DEVEREUX nasceu nesta data de 25 de novembro de 1964, perto de Londres, numa família católica, de origem irlandesa. É dos pais que Sean herda a fé profunda, o sentido da responsabilidade e a compaixão solidária pelos mais desfavorecidos. Inscrito num colégio salesiano, destaca-se pelas suas qualidades de líder, bom humor e energia transbordante. Aí torna-se devoto do fundador dos salesianos, o P. João Bosco, identificando-se com o seu ideal e admirando seus métodos pedagógicos. Sonha, como ele, tornar-se professor e educador. Assim será, alguns mais tarde, lecionando geografia e educação física. Para reforçar seus laços à família salesiana, pede para ser recebido como cooperador leigo.
24 de novembro de 1925, MARGARET SINCLAIR falece com tuberculose. Filha de um varredor municipal, tem uma infância feliz. A família é pobre, mas unida. Os numerosos filhos são educados com ternura. Frequenta a escola gratuita de religiosas. Aí revela-se uma criança tímida e sensível, mas muito viva e participativa na hora do recreio. “Deus não criou as crianças para brincar!?”, responde ela a uma religiosa que a acha demasiado turbulenta. Isso não a impede de ser aplicada nos estudos e piedosa na hora da missa.
A 23 de novembro de 1927, era executado, sem julgamento, MIGUEL AGUSTÍN PRO. Seu crime: ser padre católico, durante a cruenta perseguição aos católicos, no México, na primeira metade do séc. XX. Nascido em 1891, o jovem Miguel, desde cedo, revela a sua veia destemida e divertida. Educado numa família profundamente crente e filho de um engenheiro de minas, Miguel conjuga estudo, contacto com a dura realidade laboral dos mineiros e a consciência da fé. Aos 20 anos decide entrar no noviciado da companhia de Jesus. Mas com a revolução mexicana e a crescente onda persecutória à Igreja católica, viu-se obrigado a exilar-se nos Estados Unidos, onde prossegue a sua formação. De lá, vai para Espanha, para estudar filosofia. Depois de 4 anos na Nicarágua, onde leciona, regressa à Espanha. Entretanto, parte para Bélgica onde estuda teologia e se prepara para a ordenação sacerdotal que ocorre em 1925.