Primavera(s) de Deus

  • Explicação

    Maria, figura central da próxima Jornada Mundial da Juventude, é o primeiro sinal da Primavera de Deus, no inverno da humanidade. Como no-lo recorda o lema da JMJ, partiu “apressadamente”, porque essa Primavera, anunciada pelos profetas e ansiada pelo “povo que habitava nas trevas” (Mt 4, 16; Is 9,1) não podia mais ser adiada: tinha de contagiar outros, como mais tarde fará seu Filho Jesus, pelos caminhos da Palestina.

    Passados dois milénios, o inverno persiste (conflitos, desigualdades e injustiças). Porém, tampouco essa Primavera deixou de dar sinal de si, da sua presença atuante.

    Propomo-nos descobrir e conhecer “rostos jovens” de Deus. Jovens que foram Flores e frutos de fé, testemunhando a alegria e a paz dos filhos de Deus, em situações extremas de sofrimento ou na defesa da pureza; flores e frutos de esperança perseverante no longo inverno persecutório da fé, em tantos lugares do planeta e ao longo da história; flores e frutos de caridade que perfumaram a humanidade, na entrega das suas vidas pela dos outros, mais pobres ou vulneráveis da sociedade, em defesa da verdade e da justiça.

    São raparigas e rapazes de 4 continentes, dos séculos XX e XXI. Uns, cristãos desde o berço, outros, conversões extraordinárias, onde e quando menos era espectável. Todos morreram cedo, mas marcaram o seu tempo e seus conterrâneos, porque todos frutos maduros. Assim são as Primaveras de Deus.

    Desafiamos-vos, ao longo deste ano, a conviverem com eles: tomai-os como companheiros de vida cristã, mestres com quem aprender, amigos espirituais em quem colher inspiração e a quem orar, pois a maioria é venerável ou beatificada.

Primavera 89 - FERNANDO CALÓ

FERNANDO CALÓ nasceu a 29 de maio de 1939, em Setúbal.fernando calo
A mãe de Fernando Duarte da Silva Pereira Caló – seu nome completo –, teve de encarregar-se da educação e do sustento do filho. O marido deixara-a sozinha e só muito ocasionalmente se encontrou com o filho. Devido ao trabalho da mãe, o jovem Fernando alternou sua residência, ora em Lisboa ora no Tojal, hospedado pelas suas tias Antónia, Laura e Margarida. Em consequência, os primeiros anos foram marcados pela instabilidade.
Mais tarde, ingressou no colégio dos Salesianos, no Estoril. Aí completou a instrução primária. Fervoroso adepto do Sporting, amava jogar à bola e era um corredor nato. Mais importante, contudo, foi seu crescimento de fé e na prática da caridade. Para ele, todas as ocasiões eram boas para exercer o mandamento de Jesus: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.

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Primavera 88 - FRANZ JÄGERSTÄTTER

FRANZ JÄGERSTÄTTER nasceu no dia 20 de Maio de 1907, numa pequena localidade da Alta Áustria, St. Radegund, a poucos quilómetros da fronteira com a Baviera.FRANZ JAGERSTATTER Em 1938, a Alemanha hitleriana anexara a Áustria. No ano seguinte, as tropas nazis invadiram a Polónia. Eclodia assim a IIª Guerra Mundial.
Franz Jägerstätter era um camponês, casado e pai de três filhas, sendo que a mais velha tinha apenas 6 anos. Em 1943, contava apenas 36 anos. Foi recrutado pelo exército do IIIº Reich, mas recusou-se a alistar-se. A ideologia nazi contrariava o Evangelho e a sua consciência. Opondo-se ao regime, colocava em risco a sua vida e sua família. Mas manteve-se firme na sua posição, lembrando as palavras de são Pedro: “Há que obedecer a Deus antes de obedecer aos homens”.

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Primavera 87 - GIUSEPPINA SURIANO

GIUSEPPINA SURIANO nasceu em 18 de fevereiro de 1915, na Sicília, Itália.GIUSEPPINA SURIANO
Era de uma família modesta, sendo o pai lavrador enquanto a mãe cuidava das crianças. Na escola, era uma aluna atenta e entusiasta. Conquistava a amizade e a estima de todos pela sua bondade e alegria. O que as pessoas consideravam um feliz caráter, na verdade, correspondia à sua determinação em agradar a Jesus. Para tal, todos as oportunidades são boas: ajudar a mãe, cuidar dos irmãozinhos, ser bondosa com as companheiras, obediente com as mestras, mostrar-se amável e atenta com as meninas mais desfavorecidas… e rezar. Ela amava rezar e fazer rezar. Muito jovem, revelou-se uma autêntica apóstola.
Com apenas 10 anos, integrou a Ação Católica. Aí encontrou como dirigente Maria Adamo. Será para ela uma mentora que a vai ajudar a progredir na oração, iniciando-a na meditação. Esta mulher tinha como projeto fundar um Instituto Secular consagrado ao Sagrado Coração de Jesus, cujos membros se empenhariam em viver e propagar a mensagem do Evangelho no seu meio de vida e segundo o seu estado próprio. Ao grupo inicial, chamou Cenáculo. A jovem Pina juntou-se-lhes quando tinha 12 anos. Aí rezava, visitava os doentes e idosos, ajudava os pobres, dava catequese e colaborava no serviço paroquial.

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Primavera 86 - MARIA MARGIT BOGNER

MARIA MARGIT BOGNER nasce no sul da Hungria.MARIA MARGIT BOGNER
Etelka (Adelaide), seu nome de batismo, é a filha mais velha do segundo casamento do seu pai, viúvo. É a única rapariga entre rapazes. Viva, risota, voluntária e afetuosa, é a “pequena rainha” da família e o “raio de sol” para seu pai.
Na escola revela determinação. À professora, ao pai, ao padre da paróquia repete a mesma afirmação, acompanhada da pergunta: “Quero ser santa! Como se faz se ser santo?” É-lhe explicado que é preciso seguir Jesus, no caminho da cruz. É o que a vida se apressa em ensinar-lhe.

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Primavera 85 - LIDO ROSSI

LIDO ROSSI nasce em Itália a 13 de maio de 1928. LIDO ROSSINão tem cinco anos quando o seu pai morre, ainda jovem, com uma pneumonia. Quando mais tarde a professora pergunta na escola o que os alunos querem ser mais tarde, Lido responde: “Serei médico para curar os pais que estão doentes.” Quinze anos depois, Lido inscreve-se na faculdade de medicina. Será médico.
A ausência do pai e a coragem da mãe, apesar da pobreza, asseguram a Lido uma educação amadurecida. Adolescente, testemunha os estragos e horrores da guerra. Isso torna-o melancólico e extremamente sensível. É introvertido e centra-se nos seus estudos. É na poesia que encontra refúgio. Dotado, percebe porém que se a escrita lhe permite expressar os sentimentos íntimos, não o aproxima dos outros: “sinto-me tão passivo e indigno perante a tristeza dos outros…” Na universidade, tem a oportunidade de sair de si mesmo. Luta contra a sua timidez através de contactos, diálogos, comunicação… Constrói assim sólidas amizades e apaixona-se por uma estudante de letras, Elena Falleni. Após muitas hesitações, acaba por declarar-lhe o seu amor.

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Primavera 84 - EDEL MARY QUINN

EDEL MARY QUINN tem 20 anos quando toma uma importante decisão para a sua vida. EDEL MARY QUINNPierre, um jovem empresário francês pediu-a em casamento. Mas Edel não está livre: prometera-se a Deus. Continuarão amigos, mas a sua escolha está feita e nunca lhe deixará dúvidas.
Edel nasceu em 1907, em Kanturk, no Condado de Cork, Irlanda. É a mais velha da fraternidade de cinco, no seio de uma família muito cristã. No colégio, distingue-se pelo entusiasmo nos estudos e no desporto.
Mais tarde, na capital Dublin, trabalha como secretária numa empresa onde é tida como imprescindível. Mas Edel não vê aí seu futuro. Seu nome Edel deriva de edelweis, flor que cresce nos Alpes. Ela tem em si aspirações mais altas e muito distintas.

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Primavera 83 - JOAN ROIG I DIGGLE

JOAN ROIG I DIGGLE é natural de Barcelona.JOAN ROIG I DIGGLE 2
Nascido a 12 de maio de 1917, tudo decorria normalmente: sua infância, adolescência e vida escolar. Até 1934. Graves problemas económicos deixaram toda a família na ruína. Em consequência, mudaram-se para uma localidade chamada Masnou, enquanto o jovem se viu obrigado a trabalhar e a abdicar de projetos futuros.
Apesar das contrariedades, Joan intensificou a sua vida de fé e a sua relação com Deus. Conciliava o trabalho durante o dia e os estudos durante a noite, sem deixar de participar na eucaristia diária e ter tempos prolongados de oração. Começou a dar catequese às crianças enquanto integrava a Federação de Jovens Cristãos de Catalunha. Aí encontrou uma comunidade e uma missão: levar Cristo aos outros.

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